Biologia, amor a vida!

"Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema."

quinta-feira, 31 de julho de 2014


OS IMPACTOS ANTRÓPICOS SOBRE O PLANETA


Artigo por Beatriz Teixeira de Melo Tamaki

Na Tailândia, os elefantes quase não possuem mais seu habitat. A população tem avançado sobre o seu território, não sobrando espaço para o paquiderme.

Muitos elefantes, foram domesticados para ajudar a população no serviço pesado nas grandes cidades. Ironicamente, ajudam a destruir seu habitat natural.

No Brasil, a ararinha azul, uma das muitas espécies em extinção, personagem representando o Brasil no cinema, foi considerada em extinção, existindo infelizmente só em cativeiros.

Serão necessários, investimentos, e tempo para tentar obter resultados na inversão da situação ocorrida, sem a certeza de sucesso. Como conciliar desenvolvimento e harmonia com o meio ambiente?

Estamos destruindo nossos biomas, nossas matas e rios, e não conseguimos perceber as consequências das nossas ações.

Não podemos deixar que situações como essa, continuem acontecendo em todo o planeta.

Precisamos do desenvolvimento, mas não sobreviveremos sem a natureza.

Precisamos rever nossos paradigmas, para não colocar em risco a nossa sobrevivência no planeta.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - http://www.portaleducacao.com.br

quarta-feira, 9 de julho de 2014


MAGNÉSIO (MG) FATOR DE PRODUTIVIDADE PARA AS CULTURAS


Artigo por Adriano Reis Silva


Atualmente a nutrição de plantas com fontes específicas de Mg tem sido esquecida por boa parte dos agricultores brasileiros, e o fornecimento deste elemento somente via calcário não tem suprido as necessidades das nossas culturas anualmente, essa ocorrência se deve principalmente ao fato da utilização de calcários com baixa concentração em Mg e da baixa solubilidade dos mesmos. Muitas funções específicas e essenciais nas plantas dependem de fontes e níveis adequados de Magnésio (Mg).

O Mg é componente central da molécula de clorofila, sendo portanto responsável pelo processo fotossintético e do metabolismo energético vegetal. Atua desenvolvendo varias funções, algumas visíveis, como o crescimento e o desenvolvimento das plantas e outras menos visíveis, mas tão importante quanto. Dentre elas destaca – se: Fixação fotossintética do Dióxido de Carbono (CO2), Formação da clorofila e síntese proteica, Carregamento dos nutrientes no floema, Separação e utilização de fotoassimilados, Foto-oxidação dos tecidos foliares, além da Fotofosforilação (Formação de ATP nos cloroplastos), sendo está ultima, a função mais importante realizada pelo Mg nos vegetais.

Os sintomas da deficiência de Magnésio começam a nível molecular, frequentemente somente as folhas expostas ao sol apresentam o amarelecimento internerval (sintoma característico), começam nas folhas localizadas próximas aos drenos de nutrientes (frutos), causando queda prematura das folhas mais velhas (Figura 2). Com baixos níveis de Mg nas culturas, o que tem se notado frequentemente a campo, são o aumento do aparecimento de doenças como: O aumento da severidade de escaldaduras no limbo foliar devido ao mal carreamento dos açúcares produzidos durante o processo fotossintético, seca de ponteiros em cafeeiros, 1953 COURY et. al. diagnosticou como carência de Magnésio a doença fisiológica conhecida por vermelhão do algodoeiro, a qual se caracteriza pela coloração vermelho púrpura que se estabelece entre as nervuras das folhas mais velhas, as folhas deficientes e as maçãs caem com facilidade.

A deficiência de Mg se manifesta em solos derivados de rochas pobres em Magnésio, solos pobres em matéria orgânica (M.O), logo após a calagem e em solos com pH elevado, lavouras velhas sem reposição de Magnésio, aplicações altas de Potássio (K) – efeito antagônico. Também ocorre um antagonismo direto entre NH4+ e Mg. Quando o NH4+ é absorvido pelas raízes, há uma troca de íons amônio e hidrogênio (H+); assim, o H+ exercerá influência antagônica na absorção de Mg pela planta. Quanto mais ácido o solo e maior a quantidade de fertilizante nitrogenado (com íons amônio), mais intenso é o efeito antagônico[1].

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -  http://www.portaleducacao.com.br

sábado, 5 de julho de 2014


A CURA DA TIROSINEMIA POR MEIO DE TERAPIA GÊNICA: SERÁ POSSÍVEL?

Artigo por Fernanda Maria Policarpo Tonelli 


Espera-se agora que novos estudos sejam realizados, por meio da terapia gênica os pesquisadores desejam poder, com eficiência, editar genomas com a finalidade de cura de indivíduos; inserir nas células do paciente a versão correta de genes cuja falha ocasiona doenças: como é o caso do que ocorre na tirosinemia.

A tirosinemia existe em três tipos devido à mutação em genes codificantes de diferentes enzimas participantes da via de metabolismo do aminoácido tirosina. Como consequência, o doente não consegue metabolizar este aminoácido e deve adotar dieta que evite a presença do mesmo. O paciente pode sofrer com raquitismo, danos renais, hepáticos e cerebrais, dentre outros comprometimentos.

Na tirosinemia tipo I (a de maior ocorrência), a mutação é no gene Fah, que codifica para a enzima fumaril acetoacetato hidrolase (que catalisa o último passo do metabolismo da tirosina).

Na intenção de busca pela cura desta doença, Yin e colaboradores objetivaram a edição do genoma de camundongos adultos para corrigir a mutação no gene Fah, e por consequência o fenótipo (conjunto de características observáveis) de perda de peso característico da doença (Yin H, Xue W, Chen S, Bogorad R L, Benedetti E, Grompe M, Koteliansky V, Sharp P A, Jacks T, Anderson D G. Genome editing with Cas9 in adult mice corrects a disease mutation and phenotype. Nature Biotechnology. 2014; doi:10.1038/nbt.2884).

Para isto utilizaram um sistema chamado CRISPR-Cas9, e obtiveram sucesso na primeira edição de genoma em órgão (fígado) de mamífero adulto vivo.

Os camundongos modelo de tirosinemia tipo I, após serem injetados na veia caudal com o sistema de edição de genoma contendo versão do gene Fah com a mutação já corrigida, exibiram células do fígado expressando a versão correta da proteína FAH.

Com o passar do tempo, uma porção maior destas células colonizou o fígado dos animais, e estes, antes com pouco peso, começaram a aproximar-se do peso normal e apresentar regressão no dano hepático que antes sofriam.

Espera-se agora que novos estudos sejam realizados a fim de que no futuro os sistemas de edição de genomas possam ser usados para promover a cura de doenças genéticas em seres humanos.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -  http://www.portaleducacao.com.br